Provavelmente o primeiro registro de utilização de um fenômeno relacionado com a cromatografia líquida
seja o relato do historiador romano Caio Plínio Segundo no ano de 77 da nossa era.
Conhecido como Plínio, o Velho, ele era um militar romano
naturalista, que viveu nos anos de 23 a 79.
Tão grande era a sua dedicação ao entendimento dos fenômenos naturais que
acabou falecendo ao tentar observar de perto a atividade do vulcão Vesúvio em Pompéia no ano 79,
quando teve sua embarcação atingida pela emissão de gases tóxicos do vulcão em erupção.
Entre os anos de 77 e 79, Plínio publicou em latim uma grande obra chamada História Natural
(“Naturalis Historia”), trata-se de uma grande enciclopédia que na forma atual consiste em trinta e sete livros.
No capítulo 26 do livro de número 34, Plínio descreve um método para verificar a autenticidade de verdigris,
um sal fabricado através da reação de cobre metálico com ácido acético que desde a antiguidade tem sido usado
como fungicida e pigmento verde. Na época, uma fraude comum era a adição de pó de mármore verde ao verdigris
para aumentar o seu rendimento. Plínio descreve então um método onde aplicava o produto em folhas de papiro
embebidas com um extrato vegetal, no caso de autenticidade do verdigris, o papiro tornava-se imediatamente negro.
Pode-se dizer então que a técnica é a precursora da cromatografia em papel, a cromatopgrafia em papiro !
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Caio Plínio Segundo (Plínio, o Velho).
Primeira página de uma edição de 1669 da Naturalis Historia.
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